O mutirão de combate à dengue, realizado pela Prefeitura de Niterói, chegou na manhã desta quinta-feira (21), na comunidade do Monan, no Badu. A iniciativa faz parte das estratégias do Comitê Intersetorial de Acompanhamento e Monitoramento das Ações Integradas de Prevenção à Dengue, que envolvem as secretarias de Saúde, de Conservação e Serviços Públicos, as Regionais, a Companhia Municipal de Limpeza Urbana de Niterói (Clin) e a Defesa Civil. Na ação, 35 imóveis foram vistoriados por agentes do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), com aplicação de 20 redes de proteção.
A secretária municipal de Saúde, Anamaria Schneider, falou sobre o trabalho realizado.
“Além desse trabalho de fiscalização nas ruas, residências e comércios, é importante destacar também o trabalho educativo feito pelos agentes, que orientam os moradores sobre a importância de evitar água parada e também sobre as condições favoráveis à proliferação do Aedes aegypti”, afirmou.
Paralelo a atuação dos agentes do CCZ, equipes da Clin realizaram a remoção de resíduos, que também são suscetíveis a tornarem-se focos de mosquitos. Além disso, agentes Comunitários de Saúde do módulo do Programa Médico de Família orientavam os moradores sobre cuidados em caso de suspeita de dengue.
“Considerando que 75% dos focos do mosquito estão dentro das residências e nos quintais, esse trabalho integrado vem permitindo que os Agentes Comunitários de Saúde e os Agentes de Endemias que conhecem as vulnerabilidades do território, possam direcionar as equipes da Clin para remoção de lixo e inservíveis que são potenciais criadouros de mosquito”, explicou o coordenador do CCZ, Fábio Vilas Boas.
Na última terça-feira (19) o mutirão aconteceu na comunidade do Peixe Galo, localizada no bairro de Jurujuba. Na ação, 41 imóveis foram vistoriados por agentes do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), que verificaram focos em caixas d’água destampadas, que podem se tornar importantes criadouros de mosquitos.
Ações
Durante todo o ano, as equipes do CCZ realizam um trabalho intenso de rotina de prevenção e combate ao mosquito transmissor das arboviroses. A cobertura de trabalho abrange 205 mil imóveis, com planejamento de visita pelos agentes a cada 2 meses. São cerca de 300 servidores envolvidos exclusivamente nas atividades de combate ao mosquito transmissor das arboviroses, que visitam 5 mil imóveis diariamente.
Outra estratégia do Município para enfrentar a doença é o método Wolbachia, uma parceria com a Fiocruz e a WMP Brasil. A Wolbachia é um microrganismo presente em cerca de 60% dos insetos na natureza, mas ausente no Aedes Aegypti. Uma vez inserida artificialmente em ovos de Aedes aegypti, a capacidade de o mosquito transmitir os vírus da dengue, zika, chikungunya e febre amarela fica reduzida. Com a liberação de mosquitos com a Wolbachia, a tendência é que esses mosquitos predominem nos locais e diminua o número de casos associados a essas doenças.