O Departamento de Tesouro dos Estados Unidos aplicou, nesta quinta-feira (14), sanções econômicas ao brasileiro Diego Macedo Gonçalves do Carmo, conhecido como Brahma, um dos “tubarões” do PCC. Ele é acusado de lavar mais de R$ 1 bilhão para a facção criminosa. A medida contou com apoio do MPSP (Ministério Público do Estado de São Paulo).
“Com uma extensa rede ao redor da América Latina, assim como uma presença global em expansão, o PCC representa uma das mais significativas organizações de tráfico de narcóticos na região”, disse o subsecretário do Tesouro dos EUA para Terrorismo e Inteligência Financeira, Brian Nelson, em visita a São Paulo em agosto de 2022.
Na ocasião, o Departamento do Tesouro dos EUA e o MPSP firmaram um acordo de cooperação para combater organizações criminosas como o PCC. Nos últimos meses, foi implementado um fluxo de informações que viabiliza a aplicação de sanções a integrantes da facção e a empresas utilizadas pelos narcotraficantes para a lavagem de dinheiro.
“As sanções também impedem quaisquer transações de cidadãos norte-americanos ou de pessoas residentes ou em trânsito pelos Estados Unidos envolvendo as propriedades ou interesses ligados ao integrante do PCC, sob pena de punições cíveis e criminais”, diz o MPSP em comunicado.
Gonçalves do Carmo foi condenado pela Justiça brasileira, em novembro de 2022, a 7 anos e 11 meses de prisão por tráfico de drogas e cumpre a sentença na Penitenciária Federal de Porto Velho, em Rondônia), segundo o Departamento do Tesouro.
Brahma e outros três “tubarões” do PCC — Wellington Roberto da Cruz, o Shampoo; Levi Adriano Felício, o Parente; e João Paulo Tomaz, o JP — foram presos em setembro de 2020 na operação Sharks, do Gaeco, com apoio da Polícia Militar, e são considerados importantes lideranças do grupo criminoso.