Casos de SRAG (Síndrome Respiratória Aguda Grave) tem aumentado em todo o Brasil com vírus respiratórios diferentes, segundo o Boletim InfoGripe da Fiocruz divulgado nesta quinta-feira (7). São 13.635 casos notificados desde o começo do ano. Covid-19 e influenza (vírus da gripe) são os circulantes principais.
Na região Centro-Sul, a maioria de casos é de Covid-19, mas no Nordeste e Norte, a prevalência é de influenza. Já no Sudeste e no Sul existe cocirculação desses dois vírus ao mesmo tempo. 18 capitais apresentam sinais de aumento de SRAG.
Crianças de até 2 anos e idosos a partir de 65 são os mais afetados pela síndrome por Covid, sendo que a mortalidade é maior em idosos.
O boletim também aponta um aumento de VSR (vírus sincicial respiratório), que atinge principalmente crianças de até 2 anos, em vários estados. O coordenador do InfoGripe, Marcelo Gomes, avisa que o vírus também impacta idosos e é preciso cautela. “O VSR, em particular, vemos em todas as regiões do país com sinal de retomada, o que pode naturalmente estar associado justamente à volta às aulas, sendo um grande facilitador. Então é um cenário que requer bastante atenção”, alerta.
Antecipação de vacina de influenza
Devido ao aumento de Síndrome Respiratória Aguda Grave, a Ministra da Saúde, Nísia Trindade, anunciou nesta terça-feira (5) que a pasta vai adiantar a vacinação contra influenza. O início da vacinação geralmente acontece em abril e a pasta já tinha decidido adiantar para 25 de março, mas uma segunda antecipação foi definida. As doses já começaram a ser distribuídas para os estados.
A secretaria em Vigilância em Saúde, Ethel Maciel, afirma que as doses da vacina de influenza começaram a ser entregues e devem chegar ainda esta semana. A orientação aos municípios será de que a distribuição pode começar assim que as vacinas forem recebidas.
Segundo dados do ministério, até o dia 24 de fevereiro foram 69.234 novos casos de Covid, o que representa uma incidência de 147,93 casos por 100 mil habitantes.
A vacina contra influenza é trivalente e protege contra três tipos de cepas. A estimativa é que 75 milhões de pessoas sejam imunizadas e ela é direcionada a:
– Crianças de 6 meses a menores de 6 anos;
– Crianças indígenas de 6 meses a menores de 9 anos;
– Trabalhadores da Saúde;
– Gestantes;
– Puérperas;
– Professores dos ensinos básico e superior;
– Povos indígenas;
– Idosos com 60 anos ou mais;
– Pessoas em situação de rua;
– Profissionais das forças de segurança e de salvamento;
– Profissionais das Forças Armadas;
– Pessoas com doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais (independentemente da idade);
– Pessoas com deficiência permanente;
– Caminhoneiros;
– Trabalhadores do transporte rodoviário coletivo (urbano e de longo curso);
– Trabalhadores portuários;
– Funcionários do sistema de privação de liberdade;
– População privada de liberdade, além de adolescentes e jovens sob medidas socioeducativas (entre 12 e 21 anos).