A ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, celebrou o 8 de Março, Dia Internacional da Mulher, em um discurso transmitido na noite desta quinta-feira (7) em rede nacional de rádio e televisão. De acordo com ela, as mulheres “querem muito mais do que flores. […] Exigem, acima de tudo, respeito”.
No pronunciamento, Cida citou o que considera avanços recentes na pauta feminina.
• Distribuição de absorventes e atualização da Lei Maria da Penha
Entre eles, está a instituição do programa federal Dignidade Menstrual, para a distribuição de absorventes a mulheres em vulnerabilidade social, e recentes atualizações na Lei Maria da Penha, que incluem “a concessão de medida protetiva de urgência independente de boletim de ocorrência”.
• Desigualdade salarial
A ministra criticou a desigualdade salarial entre homens e mulheres, que é ilegal, e destacou a desvantagem maior ainda das mulheres pardas e pretas. “Em pleno século 21, não podemos aceitar que uma mulher ainda receba 22% a menos que o homem ao exercer o mesmo trabalho e que as mulheres negras recebam menos da metade do salário dos homens brancos”, afirmou.
• Negras e indígenas
Cida citou que o governo federal “destinou R$ 28 milhões de reais para ações de fortalecimento das mulheres negras empreendedoras, pesquisadoras e mães de vítimas da violência racial” e disse que o Executivo “está investindo R$ 6 milhões de reais na oferta de bolsas de doutorado e pós-doutorado sanduíche no exterior para mulheres negras, quilombolas, indígenas e ciganas”.
• Programas sociais
A chefe da pasta das mulheres destacou ainda que o público feminino está na linha de frente dos principais programas sociais do governo. “Mais de 17 milhões das famílias beneficiadas pelo Bolsa Família são chefiadas por mulheres. E também são as mulheres chefes de família que têm prioridade para receber moradias do programa Minha Casa Minha Vida. E das 8 milhões de unidades contratadas desde o início do programa, 90% estão em nome de mulheres”.