Pesquisadores japoneses conduzem estudos para entender do que se trata essa forma de vida.
O fundo do mar ainda é um local muito inexplorado. Para se ter noção, atualmente sabemos mais sobre a Lua do que as regiões mais inundadas do nosso planeta. A maior prova disso é que constantemente são descobertas novas espécies nestes locais.
Por exemplo, nas chamadas fossas abissais, grandes fendas alargadas cuja profundidade é capaz de atingir a marca de 7.450 metros (Fossa de Java) e 11.022 metros (Fossa das Marianas).
Nesses ambientes, a luz solar é praticamente inexistente, além de haver uma pressão simplesmente esmagadora.
Não é de se estranhar que um ecossistema com tais características dê origem a formas de vida que jamais seriam encontradas em outros lugares.
Recentemente, o oceano revelou outra incrível surpresa, um espécime completamente distinto foi encontrado: o ‘panda-esqueleto-do-mar japonês’, com somente 2 centímetros de comprimento.
O que sabemos sobre esse habitante das profundezas?
‘Panda-esqueleto-do-mar japonês’ em seu habitat natural – Imagem: Reprodução
O nome dado pelos cientistas pode parecer engraçado em um primeiro momento, mas a descoberta recebeu essa denominação devido à sua coloração, que faz com que o bicho lembre bastante um panda com as tradicionais marcações em preto e branco.
Até o momento, os estudiosos não sabem explicar porque o habitante das profundezas possui essa aparência, mas espera-se que mais detalhes morfológicos sejam revelados conforme as pesquisas avançam.
As primeiras fotos da criatura foram divulgadas por residentes da ilha japonesa de Okinawa, que se depararam com alguns exemplares.
Somente após isso, a comunidade acadêmica tomou ciência da existência deles e deu início aos estudos.
Até agora, sabe-se que eles se alimentam principalmente de detritos e plâncton, ambos itens abundantes nas imensidões oceânicas.
Ao que tudo indica, o bicho é parecido com as águas-vivas e lesmas marinhas, e o que parecem ser dois grandes olhos, na verdade, são órgãos sensoriais, utilizados para que os ‘pandas do mar’ consigam se localizar e obter alimento.