Desde os primórdios até hoje em dia diz-se que é melhor prevenir do que remediar. Nesse aspecto vacinas são fundamentais. Uma prova é o fato de o Brasil voltar a não registrar nenhuma infecção por sarampo em 2023.
A medicina evolui constantemente desde o grego Hipócrates de Cós. E dos primórdios até hoje em dia um conhecido ditado popular ensina que é melhor prevenir do que remediar. Para tanto, as vacinas são indispensáveis. A primeira de que se tem registro no planeta é do século XVIII. O inglês Edward Jenner produziu aquela que é considerada a primeira vacina: a contra a varíola humana, em 1796. Já no Brasil a história das vacinas começa no ano de 1804, quando a vacina contra a varíola chegou ao país trazida pelo Marquês de Barbacena. Desde então, elas evitaram muitas doenças e salvaram muitas vidas, incorporando-se à rotina preventiva da sociedade.
Na primeira metade do século passado as vacinas mais comuns e populares eram as de catapora, caxumba, rubéola e sarampo. A vacinação era gratuita nas casas de saúde da época e também nas escolas públicas. Em 1973, foi criado o PNI, Plano Nacional de Imunizações, hoje conhecido e valorizado por grande parte dos brasileiros. O primeiro calendário básico de vacinação surgiu em 1977, como reflexo do PNI. Em 1986, nasceu o Zé Gotinha, simpático personagem que simboliza as campanhas de vacinação. Nos anos que se seguiram, e também já no século XXI, o Brasil seguiu avançando na vacinação de seu povo. Doenças como tétano, gripe, difteria, coqueluche, hepatite B, catapora, HPV, entre outras passaram a ser evitadas ou minimizadas pela ação vacinal. A campanha mais recente foi a da Covid-19 e atualmente anseia-se pela popularização da vacina contra a dengue.
Como prova da eficiência das vacinas podemos tomar como exemplo o sarampo. Nessa doença o Brasil vive uma certa calmaria. Conforme o Ministério da Saúde, não foram registrados novos casos dessa doença desde 2022, e a cobertura vacinal subiu mais de 10% nos últimos dois anos. Em 2016, a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), que representa a OMS no continente americano, deu ao Brasil um certificado de eliminação do sarampo. Em 2016 e 2017, o Brasil não teve sequer um caso de sarampo. Já em 2018, foram mais de 9,3 mil infecções. No ano seguinte, o número subiu para 20,9 mil e seguiu elevado em 2020, com 8,1 mil casos. O cenário começou a melhorar em 2021 e 2022 − e o país voltou a não registrar nenhuma infecção por sarampo no ano passado. Isso graças às campanhas de vacinação contra o sarampo, comprovando mais uma vez a eficácia das vacinas. Elas estão disponíveis na rede pública gratuitamente e cabe aos pais e responsáveis zelarem pela vacinação dos infantes.