Em meio ao mundo globalizado, a criação de conteúdo para a internet tem se tornado não apenas uma forma de expressão, mas também uma fonte significativa de renda para um número crescente de pessoas nas redes sociais.
Uma pesquisa recente conduzida pela plataforma Stages em conjunto com análises de especialistas da área revela um panorama detalhado sobre a crescente influência da chamada ‘creator economy‘, isto é, a economia dos criadores.
Nesse contexto, profissionais de diversas áreas encontram na internet uma plataforma para monetizar seus conhecimentos e paixões.
Consequentemente, este fenômeno está transformando não só a forma como as pessoas consomem conteúdo, mas também as oportunidades de carreira e os modelos de negócio na era digital.
Um número crescente de indivíduos está encontrando na criação de conteúdo para a internet uma oportunidade de gerar renda em suas áreas de atuação.
Na pesquisa da Stages, com 2.249 criadores brasileiros que possuem de mil a 2 milhões de seguidores, revelou-se que as áreas de fitness e empreendedorismo despontam como as mais propícias para a monetização nas redes.
O estudo aponta ainda que 41% dos criadores focados em disciplinas educacionais conseguem gerar receita, independentemente do tamanho de seu público.
No campo do empreendedorismo, 37% obtêm lucro, enquanto 36% dos criadores voltados para o fitness conseguem monetizar suas produções.
Além disso, esportes e culinária também se destacam, com 31% dos criadores obtendo renda em ambas as categorias, indicando oportunidades crescentes para monetização nesses nichos.
A economia dos bicos
Alguns nichos nas redes sociais são mais vantajosos financeiramente – Imagem: Reprodução
Tiago Maranhão, líder da Stages no Brasil, destaca que a produção de conteúdo nas redes, antes associada à economia dos bicos, tornou-se a principal profissão aspiracional dos jovens no Brasil, Estados Unidos e em vários outros países.
A creator economy, também conhecida como ‘economia da paixão’, descreve o ecossistema de profissionais que ganham dinheiro na internet através de publicidade, renda das plataformas ou venda de produtos como cursos e webinars.
A Stages, empresa atuante no setor de Software as a Service (SaaS), oferece uma plataforma onde os criadores podem publicar conteúdos mais densos e pagos, alcançando seguidores interessados em conteúdos além daqueles disponíveis gratuitamente nas redes sociais.
Sendo assim, mais de 50 mil pessoas, incluindo jornalistas, influenciadores de maquiagem e empreendedores, já utilizaram a plataforma.
Maranhão ainda destaca que a plataforma se diferencia pela facilidade, personalização e pelo fato de os criadores pagarem uma mensalidade fixa, não cedendo uma porcentagem de seus ganhos e mantendo a descentralização.
Além disso, uma pesquisa da HootSuite revela que os usuários globais de mídias sociais cresceram mais de 10% entre 2021 e 2022, com 424 milhões de novos usuários em 2021.
Nesse contexto, a creator economy está em ascensão, passando de um faturamento estimado de US$ 600 mil em 2012 para US$ 143,8 milhões em 2020, gerando 300 mil trabalhos diretos e indiretos em 2023.
Especialistas na creator economy estão oferecendo conselhos sobre como os produtores de conteúdo podem organizar suas publicações e presença nas redes para atrair seguidores e público interessado em adquirir conteúdo mais complexo.
Paula Sauer, professora de economia da ESPM, aconselha os iniciantes a construir uma audiência autêntica, sincera e apaixonada, criando conexões genuínas e sustentáveis.
Por fim, a humanização do conteúdo é essencial para gerar confiança e engajamento, enquanto a consistência e a qualidade são fundamentais para construir autoridade e se tornar uma referência para o público-alvo.