Em meio aos casos crescentes de dengue no país, o Ministério da Saúde ampliou para R$ 1,5 bilhão os recursos reservados para o enfrentamento de emergências para apoiar estados, municípios e o Distrito Federal. O fundo será destinado “para medidas de prevenção, controle e contenção de riscos em situações que podem ser epidemiológicas, de desastres, ou de desassistência à população”, informou a pasta.
Em 2023, a pasta já havia reservado R$ 256 milhões para esse fim. Na época, os investimentos foram efetivados a fim de fortalecer as ações de vigilância e contenção do Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue, além do fomento de ações de vigilância em saúde.
Segundo o ministério, para receber o auxílio, a unidade da federação ou município deve enviar ao governo federal um ofício com a declaração de emergência em saúde. Os repasses serão mensais durante a vigência do decreto de emergência.
Além disso, será necessário apresentar um plano de ação, apresentando a condição de saúde local, e detalhar as atividades de saúde a serem realizadas e os respectivos valores estimados.
No início da semana, o Brasil atingiu a marca de meio milhão de casos prováveis de dengue, segundo o Painel de Monitoramento de Arboviroses, do Ministério da Saúde. Apenas este ano, são 512 mil registros da doença, 75 óbitos confirmados e 340 em investigação. A última atualização foi feita nesta segunda-feira (12).
Desde o ano passado, o Brasil vem enfrentando um aumento nos casos de dengue. Apenas nas quatro primeiras semanas de 2024, 243.720 casos prováveis da doença foram notificados, ultrapassando o total de suspeitas registradas em 2017 (239.389 casos). O número corresponde a um aumento de 273% em relação ao mesmo período de 2023.
A dengue é uma doença transmitida pela fêmea infectada do mosquito Aedes aegypti, que causa principalmente dores musculares, atrás dos olhos e de cabeça, vômitos persistentes e letargia.