Governo alegou necessidade de mudança de data para evitar “instabilidade institucional
O Parlamento de Senegal aprovou, nesta segunda-feira, um projeto de lei para adiar as eleições presidenciais até 15 de dezembro. Elas estavam previstas originalmente para 25 de fevereiro, em meio a tensões em um país geralmente considerado modelo de estabilidade na África.
O presidente da Assembleia Nacional anunciou que os legisladores aprovaram a medida depois que vários deputados da oposição, que estavam obstruindo a votação, foram removidos à força pela polícia. A lei foi aprovada quase unanimemente pelos 105 deputados presentes no momento da votação, após a oposição ser obrigada a deixar o recinto.
O presidente Macky Sall permanecerá em funções até a instalação de seu sucessor, conforme outra disposição da lei. O debate, que começou pela manhã, avançou até tarde da noite em um ambiente tenso, onde alguns deputados até chegaram a entrar em confronto físico.
O objetivo do adiamento seria “evitar a instabilidade institucional e distúrbios políticos graves e retomar completamente o processo eleitoral”, segundo o relatório adotado na véspera pela comissão preparatória.