Herdeiros humanos seriam ausentes, justifica a mãe
Uma senhora de Xangai, na China, deixou a herança de 20 milhões de yuans (cerca de R$ 13,7 milhões) para seus cães e gatos. Em contrapartida, retirou os seus três filhos do testamento.
Segundo ela, eles nunca a visitaram, mesmo quando estava “velha e doente”. Os seus bichos de estimação seriam o seu único conforto.
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Em seu novo testamento, a mulher, identificada pelo sobrenome Liu, afirma que todo o seu dinheiro deve se destinar ao cuidado dos pets. Os seus descendentes (deles, não dela) também devem contar com esse zelo.
Conforme publicou o jornal chinês The South China Morning Post, uma clínica veterinária local recebeu a incumbência de administrar seus bens para bem cuidar dos bichos.
Liu transferiu dinheiro para clínica
Inicialmente, Liu queria deixar todo o seu dinheiro diretamente para os animais, mas isso estaria em desacordo com a lei na China. Ela nomeou, então, a clínica para tomar conta dos bichinhos.
De acordo com o jornal chinês Qilu Evening News, caso a herança da idosa não se destine para o propósito que ela determinou em testamento, a clínica pode ser responsabilizada legalmente.
Mercado de pets teve aumento considerável na China
O mercado chinês de animais de estimação tem se desenvolvido consideravelmente. Só em 2022, obteve uma receita próxima de US$ 71,2 bilhões (mais de R$ 350 bi).
Segundo a consultoria Daxue Consulting, o número de animais de estimação nas casas chinesas aumentou 53% de 2016 a 2020. Dados da empresa indicam um crescimento de 130 milhões para 200 mi de animais no período.
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A consultoria indica a preferência dos donos chineses pelos cachorros (58,2%). Em seguida vêm os gatos, com 42%.
Estêvão Júnior é estagiário da Revista Oeste em São Paulo. Sob a supervisão de Bruno Lemes