Guilherme Pontes
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O Tribunal de Contas do Distrito Federal (TCDF) está cobrando explicações da Companhia de Energia Elétrica Ceb Ipês, responsável pela iluminação pública, para esclarecer falhas de iluminação notadas em diversas regiões administrativas do Distrito Federal. Entre as regiões estão o Guará, Candangolândia, Ceilândia, Samambaia, Incra 9, BR-070, e nos arredores de estações de metrô em Brasília. A companhia tem 30 dias para se pronunciar.
Segundo representação protocolada pelo Ministério Público de Contas, junto ao Tribunal de Contas do Distrito Federal, denúncias recebidas pela ouvidoria do órgão apontam falta de iluminação pública em áreas centrais de Brasília. Ainda segundo o documento, o contexto pouco se justifica, pelo fato de a situação financeira da CEB Holding permitir investimentos no serviço de expansão, modernização e manutenção da iluminação pública no Distrito Federal, acrescido o fato de que o desenvolvimento da iluminação LED barateou o custo.
As supostas falhas de gestão de iluminação pública no DF devem ser tratadas de forma ampla, não se limitando a regiões específicas, mas observando a iluminação pública como um todo. Celso Malatrasi, que apesar de ser residente de uma área que não foi apontada como fonte das denúncias, é testemunha da iluminação pública deficitária. Segundo afirma, nos arredores de onde mora, em Águas Claras, vez ou outra, a rua tende a ficar mais escura. “Esses dias mesmo, vários postes da Boulevard Sul estavam apagados. É uma situação recorrente”, afirma.
Em resposta ao Jornal de Brasília, a Ceb Ipês afirma que “todos os esclarecimentos foram devidamente prestados ao Tribunal de Contas do DF, dentro do devido processo legal”. Apesar disso, o Tribunal informou que o prazo de 30 dias a espera de uma resposta ainda está em vigência.
A empresa destaca que, nos últimos anos, mais de R$100 milhões de reais foram investidos no parque de iluminação do Distrito Federal. Além disso, a empresa prevê o investimento de R$300 milhões em recursos próprios, ou captados no mercado, que serão pagos pela contribuição de Iluminação Pública. A meta é garantir que toda iluminação pública do Distrito Federal seja LED até o final de 2026.
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