Estudo da Universidade de Swansea associa o comprimento dos dedos a riscos de ansiedade, depressão e psicose.
O tamanho dos dedos da mão, algo que raramente associamos à saúde mental, tornou-se o foco de um estudo inovador, realizado por pesquisadores da Universidade de Swansea, no Reino Unido.
A pesquisa, publicada na revista Nature Communications, analisou mais de 1.500 adultos, revelando descobertas surpreendentes sobre a relação entre o tamanho dos dedos e transtornos mentais.
O que o tamanho dos dedos mostra?
Os resultados destacam que pessoas com dedos indicadores mais curtos em relação ao dedo médio apresentam um maior risco de desenvolver transtornos de ansiedade, depressão e psicose.
O estudo utilizou a técnica do índice de dimorfismo sexual dos dedos (2D:4D), uma medida do desenvolvimento hormonal fetal.
Tal técnica mostrou que, em geral, homens possuem dedos indicadores mais curtos, indicando maior exposição a níveis elevados de testosterona no útero.
Estudo revela associações intrigantes entre o comprimento dos dedos e o risco de transtornos mentais – Imagem: Universidade de Swansea/Reprodução
Os pesquisadores acreditam que os níveis elevados de testosterona durante o desenvolvimento fetal têm papel crucial, pois afetam o desenvolvimento do cérebro e aumentam o risco de transtornos mentais.
O professor John Manning, autor principal do estudo, ressalta que o 2D:4D pode ser um indicador precoce de risco de transtornos mentais, oferecendo uma possível ferramenta para identificação prévia.
Outras associações descobertas
Além disso, o estudo revelou que pessoas com dedos anelares mais curtos em relação ao dedo médio demonstraram maior propensão a desenvolver transtornos de personalidade.
Os pesquisadores sugerem que tais associações podem ser explicadas por fatores genéticos ou ambientais, como exposição a situações de risco na infância.
Os resultados deste estudo pioneiro são cruciais, pois sugerem que o tamanho dos dedos pode servir como um indicador precoce de risco de transtornos mentais.
Tal descoberta oferece uma oportunidade valiosa para os médicos identificarem pessoas em maior risco e proporcionarem tratamento precoce.
O estudo representa um passo significativo no entendimento dos traços patológicos da mente humana e abre portas para novas abordagens no diagnóstico e intervenção prévia para transtornos mentais.
Formada produtora editorial e roteirista de audiovisual, escrevo artigos sobre cultura pop, games, esports e tecnologia, além de poesias, contos e romances. Mãe de três curumins, dois cachorros e uma gata, também atuo ativamente em prol à causa indígena no Brasil.