Chapecó contabilizou índice geral de infestação em 4,1%, superior ao limite estabelecido pelo Ministério da Saúde, que é 1%
Dados do Levantamento Rápido de Índice de Infestação por Aedes aegypti (LIRAa), de Chapecó, no Oeste de Santa Catarina, mostra que o município tem índice geral de infestação em 4,1%, acima do recomendado pelo Ministério da Saúde, que é 1%. Os números foram coletados entre 8 e 12 de janeiro.
Segundo o levantamento, a índice geral de infestação por Aedes aegypti ficou em 4,1%. – Foto: Prefeitura de Chapecó / Divulgação/ ND
Ao todo, foram 3.656 imóveis visitados e 80 servidores envolvidos no levantamento. Os resultados apresentam um alto risco para a ocorrência de dengue no município.
Conforme o Secretário de Saúde de Chapecó, Jader Danielli, a causa do resultado do levantamento são as temperaturas mais elevadas, que favorecem o desenvolvimento do mosquito.
“A orientação do Ministério da Saúde, o Índice de Infestação Predial (IIP) de 1% é o limite para haver circulação viral, ou seja, Chapecó apresenta infestação mais de 4 vezes maior do que o valor de referência”, explicou.
“Esse resultado é devido temperaturas mais elevadas deste período, bem com o da pluviosidade regular verificada nos últimos meses, favoráveis ao desenvolvimento do mosquito vetor”.
Apenas na última semana, segundo o Boletim da Dengue, divulgado na segunda-feira (15), foram encontrados 228 novos focos do mosquito no município.
Já foram registrados, em 2024, 5 casos da doença. 71 pessoas foram testadas, 21 deram negativos e outros 45 estão aguardando o resultado.
Entenda como foi realizado o LIRAa e os resultados
A metodologia do LIRAa funciona da seguinte maneira: os quarteirões que serão inspecionados são selecionados por um sorteio. Após definidos, o objetivo é que, ao menos, 20% dos imóveis sejam inspecionados.
Conforme o levantamento, a região da Efapi ficou com índice de 1,8%; a região entre os bairros Alvorada até o Desbravador ficou com 2,2%. Já as regiões do São Cristóvão, Centro e Presidente Medice ficou em 2,8%.
Na região Leste do município, o levantamento apontou infestação de 3,8%; na região sul ficou com 3,9%; a região centro oeste ficou com 4,3%.
As regiões dos bairros do Belvedere e Vila Rica ficou com 4,4% e à região do Trevo ficou com 3,9%.
Foram 3.656 imóveis visitados e 80 servidores envolvidos no levantamento – Foto: Prefeitura de Chapecó/ Divulgação / ND
Foram avaliadas cisternas, lixos, pneus e pequenos reservatórios. O levantamento apontou que ⅓ das interações foram identificadas nas cisternas e outro ⅓, que equivale a 33,7%, no lixo.
Nos pneus, foram 5% e 28% em pequenos reservatórios como baldes, potes de plantas e demais recipientes.
Você é parte da solução contra o Aedes aegypti
Saiba com quais ações você pode ajudar para prevenir a proliferação do mosquito.
- Em caso de notar sintomas da dengue, como febre alta, dores musculares e articulares intensas, dor ao movimentar os olhos, dor de cabeça, procure imediatamente o serviço de saúde.
- Lembre-se de sempre fazer uso do repelente.
- Certifique-se de eliminar possíveis criadouros do mosquito em suas propriedades. Ações simples, como não deixar água parada em recipientes, podem fazer toda a diferença.
- Compartilhe essas informações com familiares, amigos e vizinhos, contribuindo para uma conscientização coletiva sobre a prevenção da dengue.
- Em caso de terrenos próximos a seu domicílio com depósito de lixo ou entulho, denuncie através do telefone (49) 3321-8484, setor de ouvidoria da Prefeitura de Chapecó.