Entenda como a atmosfera e o ciclo orbital permitem que o satélite natural seja visto também no céu diurno.
A observação da Lua, objeto de admiração ancestral, transcendeu as eras e continua fascinando, seja durante a noite estrelada ou, surpreendentemente, durante o dia, despertando dúvidas e especulações.
A pergunta sobre como a Lua pode brilhar no céu diurno ecoou recentemente entre alguns usuários da internet, instigando reflexões sobre a natureza desse fenômeno.
Questionamentos e teorias
Um questionamento levantado por um teórico da conspiração acendeu debates virtuais sobre a presença da Lua durante o dia.
Tweet do teórico da conspiração alegando que é ‘anormal’ a aparição da Lua em pleno dia – Imagem: x/Twitter/Reprodução
Sugestões de que algo “artificial” estaria envolvido despertaram inquietações entre alguns usuários das redes sociais, gerando especulações infundadas. Contudo, a ciência oferece uma explicação sólida e fascinante sobre esse evento cósmico.
A ciência por trás do fenômeno lunar diurno
O Multiverso buscou informações de cientistas e especialistas para desvendar o enigma da presença da Lua no céu diurno. A verdade por trás desse fenômeno surpreendente revela-se por meio da interação da atmosfera terrestre e do ciclo orbital lunar.
Enquanto a observação de astros durante o dia geralmente é desafiadora devido à intensa luminosidade solar, a Lua, em ocasiões específicas de seu ciclo, pode ser avistada no céu diurno.
Este fenômeno é possível graças às partículas atmosféricas que dispersam a luz solar e permitem a visibilidade do satélite natural, contanto que sua luminosidade supere a claridade solar.
Durante determinadas fases, como o crescente ou a meia-lua, a Lua, mais distante do Sol e posicionada a cerca de 90 graus em relação à estrela, torna-se mais visível durante o dia.
Essa disposição específica, aproximadamente a um quarto de volta da posição solar, permite que o brilho lunar supere a intensidade da luz diurna.
Embora o fenômeno não seja constante, durante quase todos os dias a Lua se torna parcialmente visível durante o dia, exceto durante as fases de Lua Nova e Cheia.
Entre o primeiro quarto e o último quarto minguante, quando a Lua está a 90 graus do Sol, ela se torna particularmente mais visível durante o dia.
A Ciência, corroborada por especialistas como a Administração Nacional da Aeronáutica e Espaço dos EUA (NASA), desvenda o mistério da presença lunar diurna, revelando uma intrincada dança cósmica entre a atmosfera terrestre, a luminosidade solar e o ciclo orbital lunar.