Embora pesquisa aponte que sete em cada 10 brasileiros de 15 anos não sabem matemática básica, resultado foi estável e positivo
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Divulgado no dia 5 de dezembro, o Pisa (Programa Internacional de Avaliação de Estudantes) 2022 mostrou que o aprendizado dos alunos no Brasil piorou em algumas disciplinas, com destaque para matemática e ciências, que tiveram as avaliações com notas mais baixas. O estudo internacional apontou que sete em cada dez estudantes brasileiros do ensino médio não sabem resolver contas de matemática básica
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Ricardo Stuckert/PR
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Organizado pela OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico), o Pisa é um estudo realizado a cada três anos, com a participação de 81 países. Participaram 690 mil estudantes na edição de 2022, que teve como foco o desempenho em matemática. Destes, 10.798 eram alunos brasileiros
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Gayatri Malhotra/Unsplash
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Em 2022, o Brasil alcançou 379 pontos em matemática, 410 em leitura e 403 em ciências. Na edição anterior, em 2018, o desempenho foi de 384 pontos em matemática, 413 em leitura e 404 em ciências. Célio Tasinafo, diretor pedagógico do colégio Oficina do Estudante, explica que a origem do problema é o ensino do conteúdo desvinculado à realidade do estudante. Por isso, os alunos não conseguem entender a importância de aprender matemática no dia a dia
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Apesar do que os jovens acreditam, matemática é essencial para o dia a dia de todos. Além de ser vital para estimular o pensamento, impulsionar a carreira profissional, aprimorar a agilidade e, claro, resolver contas básicas diárias, como calcular troco de dinheiro, cozinhar e saber quanto de juros você vai pagar em um empréstimo
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Cada 20 no PIsa pontos equivalem a um ano escolar. Em ciências, por exemplo, o Brasil está com pelo menos quatro anos de atraso em relação aos membros da OCDE. Cingapura, por outro lado, foi o país que melhor ranqueou nas três categorias do estudo: 575 pontos em matemática, 543 em leitura e 561 pontos em ciências — o equivalente a três a cinco anos a mais de nível de escolaridade em comparação aos demais alunos dos países com a média da OCDE
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Edgar Su/Reuters 27.10.16
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O resultado também mostrou que alunos que usaram smartphones e outros dispositivos digitais por cinco a sete horas por dia tiveram pontuação menor nos testes. Cerca de 65% de todos os alunos participantes afirmaram ficar distraídos nas aulas de matemática por estar usando celular e outros dispositivos, como tablets e laptops. No Brasil, esse percentual chegou a 80%
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