A Polícia Civil solicitou a prisão temporária, nesta terça-feira (28), de dois homens e duas mulheres, suspeitos de envolvimento no assassinato brutal da ex-modelo Aline Laís Lopes, de 35 anos.
O corpo da vítima, que era usuária de drogas, foi localizado carbonizado embaixo de uma passarela no quilômetro 32, da rodovia Raposo Tavares, em Cotia, na região metropolitana de São Paulo, neste sábado (25).
Aos investigadores, a irmã mais velha da jovem, Sabrina Juliana Lopes, contou que ela sustentava o vício pedindo esmolas e se prostituindo em uma região conhecida por “Cotia Hall”, uma espécie de “mini-Cracolândia”.
De acordo com a polícia, a suspeita de ser a mandante do crime, Micheli de Andrade Ferraz, descobriu que o marido Paulo Lamartine Pereira Alexandria estava fornecendo drogas para Aline em troca de sexo.
Com ciúmes do companheiro, com quem teve dois filhos, Micheli arquitetou uma emboscada para a ex-modelo, e por isso contratou a travesti Júlia para executar o plano. A irmã da vítima também compartilhou que Aline sempre ganhava presentes, como maquiagem e dinheiro, pois era muito bonita. Por essa razão, ela era perseguida pelas mulheres.
Na quarta-feira (22), Aline foi atraída para uma antiga casa de shows por Júlia e morta por enforcamento. Para desovar o corpo, Micheli teria contrato Igor Santos de Moraes por R$ 50 para auxiliar no transporte da vítima até a passarela com um carrinho de mercado, segundo a Polícia Civil.
O caso é investigado pela Delegacia Central de Cotia, que pediu a prisão temporária de Micheli, Paulo, Júlia e Igor ao Tribunal de Justiça de São Paulo.