A autora alegou que foi agredida pela vítima de 49 anos e por isso agiu em legítima defesa
Antônio Ediezio Senarega Lopes, de 49 anos, foi morto a facada pela própria companheira, Aparecida Garay, 42 anos, em uma fazenda que fica localizada em Rio Verde de Mato Grosso, que fica a 203 quilômetros de Campo Grande. A suspeita foi presa em flagrante e, alegou que foi agredida por isso agiu em legítima defesa.
De acordo com o boletim de ocorrência, o gerente da fazenda acionou a Polícia Militar sobre o homicídio, após receber uma ligação da autora dizendo que havia matado a vítima. Por ser um local de difícil acesso foi solicitado o apoio da PM de Rio Verde, utilizando uma caminhonete para se deslocar até o local.
Durante o trajeto, uma mulher com mais duas pessoas abordou a equipe policial dizendo que o carro em que estavam havia perdido os freios e que precisava chegar com urgência à residência da mãe, pois, a mulher havia cometido um grave erro. No entanto, foi informada que precisava procurar à delegacia no dia seguinte.
Já ao chegar na fazenda, o corpo do homem foi encontrado caído no chão com uma ferida no peito e sem vida. O corpo estava posicionado de forma peculiar, com os braços abertos e os pés cruzados, sugerindo movimentação após o óbito. Diante disso, foi realizado uma busca pela área, mas nada e nem ninguém foi encontrado.
No local, o gerente da fazenda relatou que sentiu falta de um trator da propriedade e, com isso, os policiais seguiram os rastros de pneus. Durante a direção, o trator foi encontrado estacionado, mas sem combustível. Com pegadas próximas indicando a presença de pessoas, os policiais seguiram e encontraram, a Aparecida e o filho, escondidos na mata. Neste momento, a suspeita confessou que havia esfaqueado o marido em legítima defesa após ser agredida. Além disso, enfatizou que seu filho não presenciou o crime, pois, o mesmo estava dormindo quando ela o acordou dizendo o que havia acabado de fazer.
Indagada sobre a fuga, a mulher contou que após o crime, ela e seu filho utilizaram o trator para deixar o local, já que o veículo em que estavam havia atolado. Eles tentaram buscar ajuda na casa de um funcionário da fazenda, mas não havia ninguém no imóvel. Então, decidiram fugir em direção à cidade, retornando ao local dos fatos para seguir a entrada que cortava uma das fazendas, a fim de acessar a via que levava à rodovia.
Após o trator ficar sem combustível, continuaram a pé e foi quando avistaram uma luz de veículo se aproximando, preferiram se esconder na vegetação quando acabaram sendo encontrados pela equipe policial. Em relação sobre terem alterado a posição do corpo, Aparecida disse que após acordar seu filho, ele foi correndo em direção ao corpo e o virou, o colocando na posição que foi encontrado pelos policiais. Já o filho, disse que ao ir verificar o corpo este já estava mexido, afirmando que não teve nenhuma participação no assassinato, dizendo que apenas estava ajudando sua mãe a fugir do local.
Diante dos fatos, foi dado a voz de prisão para a mulher e para o filho. Eles foram encaminhados para Delegacia de Polícia Civil de Rio Verde de Mato Grosso e a faca utilizada no crime apreendida. A equipe técnica da polícia irá realizar análise para constatar se possui sangue humano no objeto. O caso foi registrado como homicídio simples.