Ao menos 30 pessoas morreram e mais de 160 ficaram feridas nos bombardeios da Rússia que atingiram a Ucrânia nesta sexta-feira (29), segundo um balanço divulgado pelas autoridades locais.
“Até o momento, 30 pessoas morreram e mais de 160 ficaram feridas no ataque maciço da Rússia contra o território ucraniano pela manhã”, informou o ministro do Interior, Igor Klymenko, pelo Telegram.
Segundo o Estado-Maior ucraniano, Moscou disparou cerca de 160 artefatos, incluindo mísseis de cruzeiro e drones Shahed. A defesa antiaérea conseguiu interceptar 88 mísseis e 27 drones.
“A Rússia utilizou todo tipo de armas de seu arsenal”, afirmou o presidente ucraniano, Volodmir Zelensky, na rede social X (antigo Twitter).
O Ministério da Defesa russo se limitou a comunicar que ‘tinham alcançado todos os seus objetivos’ e indicou que houve ‘um bombardeio de grande escala’ entre 23 e 29 de dezembro contra infraestruturas militares, depósitos de munições e bases de soldados ucranianos e mercenários estrangeiros.”
“Não víamos tanto vermelho em nossas telas há muito tempo”, admitiu Yuri Ignat, porta-voz da Força Aérea ucraniana, que afirmou ser “o maior ataque com mísseis” com exceção dos ocorridos nos primeiros dias após o início da invasão russa em 24 de fevereiro de 2022.
A Polônia, país que faz parte da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte), denunciou que um míssil russo entrou e saiu do seu espaço aéreo em direção ao território ucraniano.
O Reino Unido anunciou nesta sexta-feira que enviará cerca de 200 mísseis antiaéreos para a ex-república soviética para reforçar sua capacidade de defesa.
Os Estados Unidos também anunciaram o envio de US$ 250 milhões (1,2 bilhão de reais) em ajuda militar para a Ucrânia, o último pacote de apoio disponível para o governo sem a aprovação do Congresso.
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