Na mais recente reviravolta que frustrou muitos adeptos do streaming, a Disney divulgou planos para coibir o compartilhamento de senhas em sua plataforma Disney+, uma estratégia que ecoa a tendência crescente na indústria de streaming de salvaguardar lucros e assegurar uma utilização equitativa das contas.
Novo anuncio da Disney decepciona clientes
O Canadá foi o primeiro a experimentar as repercussões dessa nova política, com os assinantes sendo notificados por e-mail, no dia 1º de novembro do ano passado, sobre as diretrizes atualizadas. Estas restringem o compartilhamento de contas e informações de login aos integrantes da mesma residência.
Essa medida segue iniciativas parecidas já implementadas nos Estados Unidos e Canadá, demonstrando um esforço consistente da Disney em certificar que somente os proprietários das contas e seus familiares diretos possam desfrutar dos serviços ofertados.
Segundo a nova política, os novos inscritos já estão sujeitos a essas limitações, ao passo que os usuários atuais têm até o presente dia, 14 de março de 2024, para se adequar às novas normas.
O Disney+ comunicou que fiscalizará o acesso às contas para assegurar o cumprimento das novas diretrizes, ainda que não tenha esclarecido os métodos exatos para detecção de infrações. As consequências para os infratores incluem desde restrições de acesso até a possível suspensão do serviço.
Estas ações representam um movimento amplo para combater o compartilhamento indevido de senhas fora do contexto familiar, visando preservar as receitas e proporcionar uma experiência equitativa aos assinantes.
Disney não é a única
Esta abordagem não é exclusividade da Disney+. Ela reflete uma tendência no segmento de streaming, com plataformas como a Netflix já estabelecendo limitações semelhantes ao compartilhamento de senhas.
A Netflix, em particular, introduziu restrições nos EUA, oferecendo aos assinantes a opção de adicionar membros externos mediante o pagamento de uma taxa adicional.
Essas iniciativas sinalizam um caminho definido por parte das plataformas de streaming para exercer um controle mais rígido sobre o uso das assinaturas, com o objetivo de garantir que os conteúdos sejam acessados de maneira justa e conforme os termos de serviço estipulados.
Apesar de algumas críticas na indústria quanto à efetividade dessas políticas, devido à possibilidade de serem burladas através de técnicas como o uso de VPNs, a posição da Disney+ representa um momento decisivo na discussão sobre compartilhamento de senhas e seu efeito na economia do streaming.
Conforme mais serviços aderem a políticas restritivas, a comunidade de usuários de streaming possivelmente enfrentará mudanças significativas na maneira como acessa e compartilha conteúdo digital, refletindo as alterações no cenário do entretenimento online e nas expectativas dos distribuidores de conteúdo.