O Brasil alcançou a marca de 831 mortes por dengue e 2.321.050 casos prováveis da doença em 2024, informou o Ministério da Saúde nesta quarta-feira (27). Os números correspondem aos casos registrados até o último sábado (24). O Distrito Federal segue como a unidade da federação com a maior taxa de incidência de casos, seguido por Minas Gerais, Espírito Santo, Paraná e Goiás. Os técnicos do governo federal alertaram para os perigos da automedicação e ressaltaram a importância de procurar atendimento médico a partir dos primeiros sintomas, como febre e dores no corpo.
A situação de emergência em saúde pública devido à dengue foi decretada no Distrito Federal e em dez estados: Acre, Amapá, Goiás, Espírito Santo, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo. Há 407 municípios que decretaram emergência. Minas Gerais (199), São Paulo (66) e Santa Catarina (41) lideram o ranking das cidades com mais publicações.
A secretária de Vigilância em Saúde, Ethel Maciel, disse que o foco deve ser combater a larva e não o mosquito adulto. “Quando nós usamos o fumacê, aquele mais conhecido das pessoas, quer dizer que toda a estratégia já falhou porque a gente está combatendo o mosquito adulto. É muito difícil combater o mosquito adulto, temos que focar nossa estratégia no larvicida, em não deixar o mosquito nascer.”
Vacinas
A vacina está disponível para a faixa etária entre 10 e 14 anos. Diante da baixa procura e do risco de as doses vencerem, o Ministério da Saúde vai ampliar as áreas de imunização, que antes eram selecionadas apenas para cidades com altas transmissões. A partir de agora, a distribuição será ampliada para mais 154 municípios de seis estados.
Confira a lista das novas regiões
– Espírito Santo – região central;
– Minas Gerais – Betim, Uberaba, Uberlândia e Araguari;
– Pernambuco – Recife;
– Paraná: Apucarana;
– Santa Catarina: Grande Florianópolis;
– São Paulo: Aquífero Guarani, região metropolitana de Campinas, São José do Rio Preto e São Paulo.
Principais sintomas
Febre alta (acima de 38 °C), dor no corpo e articulações, dor atrás dos olhos, mal-estar, falta de apetite, dor de cabeça e manchas vermelhas no corpo são os sintomas mais comuns. A infecção por dengue também pode ser assintomática ou apresentar quadros leves.
Perigos da automedicação
O Ministério da Saúde alertou a população de que alguns remédios podem causar reações graves e hemorragias. Se a dengue ou chikungunya não forem tratadas adequadamente, podem levar o paciente à morte. Por isso, os técnicos da pasta pedem aos pacientes que evitem a automedicação e procurem atendimento médico no começo dos sintomas.
“Outro ponto de atenção é a utilização de tratamentos alternativos como os remédios caseiros. Embora algumas pessoas recorram a esses métodos na esperança de aliviar os sintomas, os especialistas alertam para os riscos associados a essa abordagem. Não existem soluções mágicas para curar a dengue, mas ainda é comum a ingestão de sucos e chás feitos a partir de frutas ou de plantas como boldo, inhame, cana-de-açúcar e limão como um atenuante contra os sintomas da doença. Contudo, não há evidências científicas que respaldam a eficácia desses métodos”, informou a pasta.