Sempre discreto, o saudoso George Harrison era o integrante dos Beatles mais avesso às seduções da fama e do sucesso. Tanto que, em compromissos com a imprensa, ele costumava ficar à sombra de John Lennon, Paul McCartney e até mesmo do baterista Ringo Starr, que ficou conhecido como o mais brincalhão de todos.
Isso, claro, não impediu que Harrison falasse sobre seu trabalho – tanto positivamente quanto negativamente. Como lembrou a FarOut, um dos elogios mais elevados que ele fez à sua banda foi quando disse que “os Beatles salvaram o mundo do tédio”.
No entanto, ainda que George tenha sido responsável por algumas composições (como a belíssima “While My Guitar Gently Weeps”), a maior parte das faixas do grupo não era assinada por ele e, aparentemente, a concordância entre George, John e Paul era frequente, mas não necessariamente constante.
Como lembrou a revista, o guitarrista odiava algumas faixas e você talvez nunca nem tenha feito a menor ideia disso! Ficou curioso? Confira algumas delas, com explicações, logo abaixo!
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“Ob-La-Di, Ob-La-Da”
George Harrison literalmente vetou o esforço de Paul McCartney para que “Ob-La-Di, Ob-La-Da” fosse lançada como single, supostamente apoiando John Lennon na visão de que a música não tinha sentido.
“Maxwell’s Silver Hammer”
Na verdade, “Maxwell’s Silver Hammer” era uma faixa que todos os Beatles, exceto McCartney, odiavam.
Ringo, inclusive, chegou a dizer que “a pior sessão de todos os tempos foi ‘Maxwell’s Silver Hammer’”. Ele explicou que essa “foi a pior faixa que já tivemos que gravar” e destacou que “Lennon também odiou”.
George nunca necessariamente falou sobre, mas não é difícil imaginar sua opinião por aqui…
“Do You Want to Know a Secret”
Lennon e McCartney escreveram “Do You Want to Know a Secret” com a intenção expressa de entregá-la a Harrison para cantar, mas George não curtiu muito a ideia. Certa vez, ele comentou: “Não gostei do meu vocal nela. Eu não sabia cantar; ninguém me disse como fazer”.
“Don’t Bother Me”
“Don’t Bother Me”, faixa que o próprio Harrison compôs em um hotel em Bournemouth, no verão de 1963, talvez seja a mais “odiada” por aqui – afinal, trata-se de uma autocrítica. Falando sobre a música, ele foi bem sincero:
Não creio que seja uma canção particularmente boa; pode não ser uma grande música. Mas pelo menos me mostrou que tudo que eu precisava fazer era continuar escrevendo e talvez eventualmente escrevesse algo bom. Ainda sinto: gostaria de poder escrever algo bom. É a relatividade. No entanto, isso me proporcionou um trabalho.
Ainda bem que ele continuou escrevendo!
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