O Fluminense terá pela frente uma tarefa complicada para ainda buscar o tri do Campeonato Carioca, algo que não acontece desde a trinca 83,84 e 85. Afinal, os comandados de Fernando Diniz necessitam vencer por três gols de diferença o rival Flamengo para avançar à decisão. No entanto, apesar da dificuldade da missão, o Tricolor se baseia no histórico recente de viradas em mata-matas para ainda levantar a taça.
A temporada de 2023 foi mágica para a equipe de Laranjeiras, com o tão sonhado título da Libertadores. Sendo assim, as viradas tiveram início desde a primeira competição do ano, o próprio Estadual. Esse elenco já demonstrou poder de superação em momentos de adversidade. Nos últimos três títulos, aliás, tiveram equilíbrio e força para reverter algumas desvantagens e erguer taças.
Goleadas decisivas e bicampeonato
Na última edição do Carioca, o Fluminense também precisou inverter desvantagens nos jogos eliminatórios desde a semifinal. Diante da surpresa da competição, o Volta Redonda, a equipe perdeu por 2 a 1 no Raulino de Oliveira, na Cidade do Aço, e tinha que conquistar uma vitória simples no Maracanã. Mais do que isso, o time aplicou uma goleada por 7 a 0, com autoridade, e garantiu a vaga na decisão.
Dias depois, o Tricolor sucumbiu diante deste mesmo Flamengo, com um revés por 2 a 0 no jogo de ida da final. Para sair das amarras da desvantagem, o time se superou e corou o bicampeonato com uma goleada por 4 a 1 sobre o arquirrival. Marcelo abriu o placar com um golaço, enquanto o artilheiro Cano fez dois e Alexsander ampliou o marcador. Ayrton Lucas descontou nos acréscimos.
Glória eterna com viradas
O Fluminense ergueu a tão sonhada taça da Libertadores, e sua campanha teve uma característica específica: a superação diante das adversidades. Depois de avançar em um grupo em que estava o poderoso River Plate, da Argentina, com direito a uma goleada por 5 a 1, no Maracanã, o time teve o Argentinos Juniors nas oitavas e saiu perdendo longe do Rio de Janeiro.
Mesmo com um a menos depois da expulsão de Marcelo, o time não se abdicou de atacar e logo após o vermelho do goleiro adversário, Samuel Xavier deixou tudo igual. No Maracanã, mais um jogo difícil, com a conquista da classificação nos minutos finais, novamente com o camisa 2 e John Kennedy nos acréscimos.
Na semifinal, Samuel Xavier foi expulso ainda no primeiro tempo. Diante desse cenário, no Maracanã, o time foi buscar o empate com gol heroico de Germán Cano e evitou uma desvantagem pior. No jogo de volta, em pleno Beira-Rio, tudo parecia caminhar para uma eliminação. Contudo, o argentino e John Kennedy decidiram nos momentos finais e recolocaram o Fluminense em uma final da Libertadores 15 anos depois.
Apagou de vez o fantasma equatoriano
Quis o destino que a campeã da Copa Sul-Americana fosse justamente a LDU, do Equador. Um velho fantasma que rondou o clube carioca ao longo de 15 anos. Em 2008 e 2009, o Tricolor perdeu duas finais continentais (Libertadores e Sul-Americana) para o adversário. No primeiro encontro pela Recopa, em Quito, o time equatoriano venceu por 1 a 0, com gol no fim.
Na volta, com o Maracanã lotado, mais um duelo complicado e emocionante para o torcedor, como foi a decisão da Libertadores, diante do Boca Juniors. Por fim, desta vez, os comandados de Diniz carimbaram o título no tempo normal e não precisaram da prorrogação. Jhon Arias foi o grande destaque ao marcar os dois gols do título.
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