O Governo de São Paulo decretou estado de emergência para a dengue. A decisão foi tomada nesta terça-feira (5) pelo COE (Centro de Operações de Emergências), coordenado pela Secretaria estadual de Saúde. Até o momento, o estado registrou 31 mortes confirmadas pela doença. O total de pessoas infectadas chega a 138.259.
A medida ocorre após São Paulo atingir 311 casos confirmados da doença para cada grupo de 100 mil habitantes.
O estado de emergência se caracteriza pela iminência de danos à saúde e aos serviços públicos. Estados em situação de emergência podem ter acesso a recursos federais disponibilizados para ações de resposta ao cenário.
Na capital paulista, duas mortes foram registradas, e o número de bairros em epidemia mais que dobrou em uma semana. Já são 15 regiões nesta situação.
Para tentar combater o crescimento, a prefeitura de São Paulo começa a usar nesta terça uma nova tática: drones que acessam locais onde agentes não podem entrar.
Na última sexta-feira (1º), o estado realizou o “Dia D de Mobilização Estadual” contra a dengue. A estratégia reforçou as ações de prevenção e eliminação dos focos do mosquito Aedes aegypti, com ações para conscientizar a população sobre a doença.
O evento teve a participação dos secretários estaduais da Saúde, Educação, além de representantes da Defesa Civil, com reforço do Exército Brasileiro e o Conselho de Secretários Municipais de Saúde.
Casos no Brasil
O Brasil registrou 170 mil novos casos e 20 mortes causadas por dengue durante o fim de semana. Segundo o Ministério da Saúde, desde o começo do ano, foram 1.212.263 casos e 278 mortes confirmadas, sendo que outras 744 seguem em investigação. O coeficiente de incidência é de 597 casos por 100 mil habitantes.
O Distrito Federal é a região com a maior incidência no país, seguido por Minas Gerais, Espírito Santo, Paraná e Goiás. A faixa etária mais acometida é a de 30 a 39 anos, seguida por aqueles que têm entre 40 a 49 e 50 a 59. Mulheres são as mais infectadas pela dengue (55,5%).