O Brasil registrou mais de 920 mil casos prováveis de dengue desde o início do ano. O índice supera a metade do total de casos notificados em 2023, quando 1.658.816 de diagnósticos foram registrados, aponta o Ministério da Saúde. Segundo a última atualização do Painel de Monitoramento de Arboviroses, o país já registrou 184 mortes pela doença e 609 estão em investigação.
Em 2023, o coeficiente de incidência da dengue no país foi de 777,6 casos a cada 100 mil habitantes. Neste ano, o índice é de 453,3 casos, sendo que o pico da doença ainda não foi atingido, segundo as autoridades sanitárias. Distrito Federal, Minas Gerais, Acre e Parana são as unidades da federação com maior incidência da doença.
Em relação aos infectados, mulheres estão entre as mais afetadas, representando 55,3% dos casos. A faixa etária mais acometida é a de 30 a 39 anos, seguida por 40 a 49 e 50 a 59.
Nos últimos 20 anos, 10.027 pessoas morreram por dengue no Brasil e mais de 16 milhões de casos prováveis da doença foram registrados, segundo o Ministério da Saúde. Entre 2004 e 2023 o número de mortes saltou de 19 para 1.094, um aumento de 5.657%. São Paulo (2.132 mortes), Goiás (1.186), Minas Gerais (1.179) e Rio de Janeiro (796) são os estados com mais registros.
Vacina contra dengue
O Ministério da Saúde informou que foram compradas 5,2 milhões de vacinas contra a dengue neste ano. Em 2025, serão mais 9 milhões. Na última semana, a pasta iniciou a distribuição da segunda remessa das imunizantes para os 206 municípios que atendem os requisitos definidos pelo governo.
A vacinação começou com crianças de 10 a 11 anos e será progressivamente estendida conforme novos lotes sejam entregues pelo laboratório fabricante. Na primeira fase, 521 municípios brasileiros foram selecionados para a imunição, via SUS (Sistema Único de Saúde).
Atenção nos repelentes
A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) emitiu recomendações sobre o uso de repelentes no último domingo (11), destacando a importância de entender o modo de uso e a eficácia do produto, especialmente contra o Aedes aegypti.
O uso em crianças requer atenção especial, com restrições de uso para menores de 2 anos e concentrações limitadas para crianças de 2 a 12 anos. A Anvisa enfatiza a importância de repelentes aprovados pela agência e alerta sobre produtos sem comprovação científica de eficácia, como os à base de citronela, andiroba e óleo de cravo, que não são recomendados.