Gabriel Costa, filho de Gal Costa, entrou com uma ação judicial em São Paulo buscando a anulação de um documento que ele mesmo assinou, no qual afirmava que Wilma Petrillo, viúva da cantora, mantinha uma união estável com Gal, tratando-as como casadas. Essa declaração foi determinante para o reconhecimento judicial da união estável de Wilma com Gal, conferindo-lhe o direito de herança.
Gabriel alega ter assinado o documento sob coação de Wilma, temendo pela sua segurança física e psicológica, especialmente por morar na mesma residência que a viúva na época.
Ele relata que as coações começaram após a morte de Gal em novembro de 2022, destacando que foi pressionado por Wilma a ingerir medicamentos controlados, resultando em abalo psicológico e significativa redução de sua capacidade cognitiva. Além disso, Wilma o ameaçava, alegando que a guarda dele até os 21 anos teria sido determinada a ela pela Justiça, e que ele deveria se submeter a ela.
Gabriel destaca que Wilma tentou persuadi-lo a assinar um documento confessando uma dívida e cedendo 75% dos bens de Gal, propondo uma divisão de 50% para cada parte. Ele menciona que Wilma teria dito: “Se você não assinar [a declaração], a gente não recebe o dinheiro e a gente vai passar fome, você não pode fazer isso comigo, não, Gabriel”.
O filho de Gal ressalta que, desde a infância, não observou sinais de que sua mãe e Wilma mantinham uma relação de casal, embora não descarte a possibilidade de que ambas tenham tido um envolvimento romântico antes de sua adoção.
Ele afirma considerar Wilma sua madrinha, apesar de estar ciente da manipulação psicológica e coação durante os eventos mencionados.
O juiz da 12ª Vara da Família e Sucessões da capital indicou que Gabriel deve entrar com uma ação própria, não reconhecendo nenhum pedido no contexto do inventário. Wilma solicitou a abertura do inventário e o reconhecimento da união estável pós-morte em janeiro de 2023, dois meses após o falecimento de Gal, alegando uma convivência de cerca de 20 anos.
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