Vou começar esse post com duas perguntas: como você contribui para o crescimento econômico do país? A outra: você faz compras em grandes lojas ou favorece a mercearia do vizinho?
Talvez você já tenha entendido onde quero chegar, mas este não vai ser um texto técnico, tá? Vou te mostrar na prática como isso muda a nossa vida.
Há pelo menos seis anos a Ana trabalha entre 14 e 16 horas por dia. A rotina é preparar o café da família e logo em seguida correr para a loja, checar o estoque, conferir o caixa e conhecer quase todos os clientes pelo nome.
Tem um minimercado na zona norte de São Paulo. Usou toda a rescisão de trabalho para montar o negócio inicial, uma mercearia. Começou ao lado do marido, hoje tem sete funcionários, além de uma boa diversidade de marcas e produtos.
“No começo foi difícil competir com as grandes redes. Os clientes reclamavam do preço, da diversidade, mas aos poucos foi importante ouvir o que queriam e eu tentava atender a demanda”, fala a empresária Ana Espíndola.
Segundo a comerciante, ela conseguiu encontrar no treinamento de funcionários e diversidade de hortaliças o diferencial para atrair os clientes e hoje ostenta novos sonhos. “Queremos crescer e tudo o que aconteceu foi por conta da comunidade que nos apoiou”, diz.
Um estudo feito pelo Sebrae usando dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged) apontou que em 2023 as micro e pequenas empresas geraram 1,26 milhão de postos de trabalho. Isso representa 71% do total de vagas criadas ano passado. O levantamento mostrou também que as médias e grandes empresas geraram 372,4 mil vagas (21% do total).
“É de extrema importância para o desenvolvimento social e econômico do nosso país, criando novos postos de trabalho, geramos automaticamente bem-estar para as pessoas, além da geração de consumo, redução da pobreza e desigualdade social”, diz o empresário Edson Gregório.
O sonho de empreender de Edson começou em 2009 com a importação direta e venda ou locação de contadoras de cédulas e moedas, um serviço que incluía assistência técnica e manutenção preventiva e corretiva para clientes do segmento bancário ou transporte de valores e comércios.
Com o advento do dinheiro de plástico ou transações Pix, ampliou seu catálogo de serviços e passou a importar diversos eletroportáteis e eletrônicos ao perceber a mudança de mercado e aceitação do público. Hoje agrega mais de 55 produtos catalogados em diversos segmentos.
A empresa cadastrada como EPP (empresa de pequeno porte) começou com três empregos CLT e dois estagiários. Hoje conta com 16 empregos de carteira assinada, cinco estagiários, além de 25 parceiros prestadores de serviços em todo o Brasil.
“Investimos constantemente em treinamentos para ampliar o conhecimento e as habilidades técnicas. Temos estabelecido planos de cargos e salários com constante revisão, fornecemos feedbacks para conscientizar sobre os pontos fortes e fracos, reconhecemos e recompensamos os colaboradores que se destacam ao longo do mês e ao final do ano através de bônus. Notar diariamente que a equipe está motivada, deseja o crescimento da empresa, que sinta que faz parte do negócio e abrace a empresa compartilhando dos mesmos sonhos, agarrando as metas e trabalhando junto na solução das falhas”, diz Edson, que se define como uma alma empreendedora.
“Quando surgiu a oportunidade de abertura da Countertech recebi como um grande projeto onde eu poderia desenvolver diferentes estratégias dentro do mundo comercial, isso continua acontecendo e o resultado mostra através do nosso crescimento ao longo dos anos”, finaliza.
Mas isso acontece porque ambos os entrevistados identificaram necessidades de mercado, não tiveram medo dos esforços e desafios. Contaram com segmentos e consumidores que acreditaram no novo micro e pequeno empreendedor e puderam cumprir metas e uma função social: gerar empregos e novos sonhos.
Acho que agora consegui explicar, não é mesmo? Economia melhor e mais forte depende de oportunidades e investimentos, que às vezes está em nossas mãos. Qual seu papel em tudo isso?