Pesquisa recente refuta a popular teoria das ‘Linguagens do Amor’ e suas implicações para relacionamentos duradouros.
Recentemente, um estudo realizado por pesquisadores da Universidade de Toronto Mississauga (UTM) lançou uma luz desafiadora sobre o conceito popular de “Linguagens do Amor“.
Publicado na última edição da revista Current Directions in Psychological Science, a pesquisa questiona a ideia difundida de que existem fórmulas simples para cultivar relacionamentos duradouros.
Novo estudo desafia conceito das “Linguagens do Amor”
Pesquisa desafia teoria das “Linguagens do Amor” – Imagem: Canva/Reprodução
A publicação destaca que, embora teorias populares sugiram a existência de “Linguagens do Amor”, a pesquisa empírica indica que relacionamentos bem-sucedidos exigem uma compreensão abrangente das necessidades mútuas e um esforço contínuo para atendê-las.
O experimento foi liderado pela professora de psicologia Emily Impett, em colaboração com Gideon Park, aluno de pós-graduação da UTM, e a professora assistente da Universidade de York, Amy Muise.
Desde a publicação do livro ‘As cinco linguagens do amor: como expressar um compromisso de amor a seu cônjuge’ pelo pastor batista Gary Chapman em 1992, a ideia ganhou uma base significativa de seguidores, tanto na comunidade psicológica quanto entre o público.
No entanto, o estudo recente sugere que a aceitação do conceito pode ser mais baseada em uma metáfora cativante do que em evidências concretas.
Chapman propôs cinco maneiras gerais pelas quais os parceiros expressam e desejam receber afeto:
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Palavras de afirmação;
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Tempo de qualidade;
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Presentes;
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Atos de serviço;
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Toque físico.
Porém, a pesquisa revela uma escassez de trabalhos empíricos que sustentem tais suposições.
Segundo a líder do estudo, a premissa central das “Linguagens do Amor” pode ser falha, já que a pesquisa de base para esse conceito deu poucas opções às pessoas sobre sua comunicação primária na relação.
Porém, na vida prática e rotineira, os compromissos colocados no questionário das “Linguagens do Amor” não são feitos de forma induzida, eles ocorrem de modo mais orgânico, sem a avaliação mais racional e complexa da fluidez das interações humanas.
Em vez disso, a pesquisadora propõe uma nova perspectiva: o amor não deve ser comparado a uma língua que precisamos aprender a falar, mas sim a uma dieta equilibrada.
Assim, os parceiros compartilham suas necessidades em momentos diferentes, mantendo todas as formas de expressão de amor no “cardápio”.
Tal abordagem, segundo Impett, permite que os relacionamentos evoluam organicamente, sem serem restringidos por categorias pré-definidas.