Levantamento ainda apontou que a maioria dos municípios encontram dificuldades para disponibilizar vagas em leitos para pacientes em tratamento de saúde mental
Cerca de 4% dos municípios catarinenses possuem leitos para internação voltada para saúde mental, apontou um levantamento do TCE/SC (Tribunal de Contas do Estado) na segunda-feira (29).
Apenas 14 municípios possuem leitos para internação de pessoas que precisam de tratamento para saúde mental – Foto: Pexels/Reprodução/ND
A porcentagem é equivalente a 14 municípios que afirmam ter vagas para internar pessoas que precisam de tratamento intensivo.
Além disso, o levantamento do Tribunal de Contas apontou que 243 municípios (82,37%) informaram que tem dificuldades para disponibilizar vagas em leitos para atendimentos de pacientes em tratamento de saúde mental ou psiquiatria em hospitais gerais.
“Esse cenário demanda a urgente identificação e abordagem de barreiras que impedem a oferta adequada desses serviços”, salientou o relatório da área técnica.
O levantamento foi baseado em um questionário composto por 194 perguntas sobre temas como estratégias municipais, prevenção do suicídio, estrutura organizacional, assistência e internação hospitalar, recursos financeiros, controle e transparência, entre outros.
Menos de 30% dos municípios de SC tem programas voltados para saúde mental da população
O estudo também apontou que cerca de 28,47% dos municípios catarinenses, o equivalente a 84 cidades, contam com programas destinados aos cuidados com a saúde mental da população.
Segundo o TCE, 289 (97,97%) dos 295 municípios catarinenses têm um Plano de Saúde Municipal.
Ainda segundo o levantamento, 183 (62,03%) municípios catarinenses realizam ações de prevenção ao suicídio anualmente. Além disso, o estudo revela que apenas 57 municípios (19,32%) possuem protocolos para gerenciamento do risco de suicídio.
Coordenado pela Diretoria de Atividades Especiais (DAE), A elaboração do questionário foi feita em conjunto com a Secretaria de Estado da Saúde (SES), com a Secretaria Municipal de Saúde de Florianópolis (SMS Fpolis) e com a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).