O G20 — que reúne as 19 maiores economias do mundo, a União Europeia e a União Africana — realiza a primeira reunião de 2023 nesta quarta-feira (17). Com o Brasil na presidência, o encontro será para alinhamento dos objetivos do país aos temas centrais que compõem a agenda de cada um dos grupos e forças-tarefas que compõem a organização.
A previsão é que, até fevereiro, ocorram 33 reuniões dos grupos por videoconferência, sendo Brasília a base para esses encontros. Passado o Carnaval, em 21 de fevereiro, os encontros presenciais voltam à agenda. Ao longo do ano, a previsão é de 131 reuniões.
O lema da gestão brasileira é “Construindo um mundo justo e um planeta sustentável”, com foco no combate à fome, pobreza e desigualdade; reforma da governança global; e dimensões do desenvolvimento sustentável — econômica, social e ambiental.
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O ponto alto da presidência do Brasil será a 19ª Cúpula do G20, no Rio de Janeiro, em novembro de 2024, com a presença dos chefes de Estado e de governo dos países-membros, quando os temas debatidos e amadurecidos ao longo do ano entram para aprovação do fórum de cooperação internacional.
A direção do grupo foi passada ao Brasil pela Índia em setembro de 2023, e o país segue na presidência até 30 de novembro deste ano. A entidade internacional reúne cerca de 85% do Produto Interno Bruto (PIB) do mundo e responde por 75% do comércio internacional, além de ter dois terços da população e 60% do território do planeta. É a primeira presidência brasileira no G20, criado em 1999.
A atuação do organismo é dividida em duas linhas: a Trilha de Sherpas e a Trilha de Finanças. A Trilha de Sherpas é comandada por emissários pessoais dos líderes do G20, que supervisionam as negociações, discutem os pontos que formam a agenda da cúpula e coordenam a maioria do trabalho. O sherpa indicado pelo governo brasileiro é o embaixador Maurício Lyrio, secretário de Assuntos Econômicos e Financeiros do Itamaraty.
Nesta quarta-feira (17), ocorre ainda primeira reunião da história do novo Grupo de Trabalho Empoderamento de Mulheres do G20. O grupo, montado ainda sob a presidência Indiana, é coordenado pelo Ministério das Mulheres do Brasil, e terá como principais pautas a igualdade, o enfrentamento da misoginia e a justiça climática.
Durante a reunião, serão alinhadas pautas, prioridades e plano de trabalho do grupo ao longo do ano. A ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, dará boas-vindas aos representantes dos países-membros do G20.
Cida diz esperar a construção de consensos acerca dos assuntos debatidos. “Neste processo do G20, nós vamos estar com diversos países discutindo a questão de gênero e sabemos que existem diferenças e polêmicas, mas também muitas coisas que nos unem. Então esperamos chegar em novembro com recomendações específicas, consensuadas por todos os países, com um diagnóstico mundial e perspectiva de planejamento e continuidade do debate político sobre o lugar da mulher no mundo”, disse.
Integrantes do G20
• África do Sul
• Alemanha
• Arábia Saudita
• Argentina
• Austrália
• Brasil
• Canadá
• China
• Coreia do Sul
• Estados Unidos
• França
• Índia
• Indonésia
• Reino Unido
• Rússia
• Turquia
• União Africana (recém-admitida)
• União Europeia