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Suspensão de pagamento pelo INSS pode ser evitada O INSS suspendeu, em média, 28 mil pagamentos de benefícios por mês neste ano, conforme dados do primeiro trimestre, os mais recentes presentes nos boletins estatísticos da Previdência Social. Suspensões que, ao menos em parte dos casos, poderiam ser evitadas pelos beneficiários.
Diversos procedimentos presentes na rotina do INSS podem levar à interrupção e até mesmo ao cancelamento dos pagamentos feitos aos segurados, como a prova de vida, cuja obrigatoriedade foi retomada em junho deste ano.
O programa de revisão para identificação de irregularidades ou fraudes em benefícios também está se consolidando como uma das principais causas para a suspensão de pagamentos, segundo o consultor previdenciário Rômulo Saraiva.
“A prova de vida é automática, não depende da análise de um servidor, por isso corta muitos benefícios”, diz Saraiva. “Mas o pente-fino talvez seja hoje o principal motivo de queixas relacionadas à interrupção de pagamentos”, comenta.
No caso dos benefícios por incapacidade, a suspensão também pode resultar de um pente-fino para a reavaliação da condição de saúde do segurado. Quem não agenda ou não comparece à perícia deixa de receber os depósitos mensais.
A renda de quem está afastado do trabalho por doença também pode ficar em risco se houver descumprimento da ordem de participação de um programa de reabilitação profissional, cuja finalidade é capacitar o trabalhador a desenvolver uma atividade compatível com as suas limitações.
Até mesmo uma distração simples, como deixar de movimentar o dinheiro depositado pelo INSS por mais de 60 dias, pode resultar no bloqueio temporário da renda. “Assim como a falta de prova de vida, a falta de saque do pagamento tende a ser interpretada como um indício de que o beneficiário morreu”, explica Saraiva.