O dólar fechou o último pregão do ano, nesta quinta-feira (28), em alta diante do real, apoiado pela cena externa, enquanto repercutiram no Brasil o anúncio de novas medidas econômicas e dados de inflação acima do esperado.
Apesar da alta de 0,39% no dia, a R$ 4,8516 na venda, a moeda americana o encerrou acumulando uma queda de 8,08% ante o real, a mais intensa baixa anual desde o tombo de 17,5% visto em 2016.
O Ibovespa fechou o ano com uma alta acumulada de mais de 20%, o melhor desempenho desde 2019, em um movimento que teve como principal suporte o alívio nos rendimentos dos títulos do Tesouro dos Estados Unidos, diante da visão de que o Federal Reserve encerrou o ciclo de aperto monetário na maior economia do mundo e deve começar a reduzir os juros em 2024.
O cenário brasileiro corroborou tal desempenho, com o Banco Central começando no segundo semestre um ciclo de cortes da taxa Selic, que deve continuar no próximo ano, em meio ao alívio na inflação, enquanto o Congresso Nacional aprovou uma reforma tributária e um novo arcabouço fiscal. O ano de 2023 termina ainda com um crescimento mais forte que o esperado do PIB.
Nesta quinta-feira, o Ibovespa, referência do mercado acionário brasileiro, fechou o dia com variação positiva de 0,01%, indo a 134.209,4 pontos, segundo dados preliminares, que, se confirmados após ajustes, serão a marca histórica de fechamento. Na máxima do dia, chegou a 134.391,67 pontos, novo recorde para o intradia. Na mínima, cedeu a 133.832,26 pontos.
O volume financeiro no pregão somava R$ 12,13 bilhões, abaixo da média diária, de cerca de R$ 25 bilhões no mês e no ano, e muitos agentes preferiram não assumir posições com a virada do ano, enquanto outros ajustaram suas alocações e alguns aproveitaram para embolsar lucros.
Em dezembro, também conforme os dados antes dos ajustes finais, o Ibovespa acumulou um ganho de 5,4%, o que representa o oitavo mês com sinal positivo em 2023. Apenas fevereiro (-7,49%), março (-2,91), agosto (-5,09%) e outubro (-2,94%) registraram performance negativa neste exercício.
No quarto trimestre, a alta alcançou 15,14% e, no ano, atingiu 22,3%, o melhor desempenho desde 2019, quando subiu 31,58%.
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