A Câmara Legislativa do Distrito Federal pediu ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, a liberação do ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal Anderson Torres para realização de oitiva e diligências diversas” em sessão a ser realizada no dia 9 de março, às 10h.
Na última segunda-feira (27), o subprocurador-geral da República Carlos Frederico Santos enviou ao Supremo uma manifestação na qual pede a manutenção da prisão do ex-ministro, preso após os atos extremistas de 8 de janeiro em Brasília. Torres negou participação em qualquer irregularidade.
Para a PGR, os atos apurados são graves e há indícios consistentes de conduta ilícita e que merecem a devida, célere a exauriente apuração, justificando-se a manutenção, por ora, da prisão.
“Da mesma forma, permanecem presentes a probabilidade de que, em liberdade, Anderson Torres coloque em risco o prosseguimento das investigações, a colheita de provas e, por conseguinte, a persecução penal”, disse a PGR.
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No pedido de revogação da prisão, a defesa de Torres alegou que o ex-ministro não praticou nenhum crime. “O desenvolvimento das investigações demonstrou, de forma clara, a total ausência de evidências mínimas que permitam associar o requerente [Anderson Torres] aos fatos criminosos em questão, de modo a inexistir, hoje, qualquer circunstância fática que autorize a permanência da constrição cautelar de sua liberdade”, afirmaram os advogados do ex-ministro.
Invasão
Manifestantes que não aceitam a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições de 2022 furaram bloqueio da Polícia Militar do Distrito Federal e invadiram o Palácio do Planalto e os prédios do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal (STF) em 8 de janeiro.
Vídeos publicados nas redes sociais mostram o momento em que os manifestantes subiram a rampa do Congresso Nacional e invadiram a parte superior, onde ficam as cúpulas do Senado Federal e da Câmara dos Deputados, além do Salão Verde, localizado dentro do edifício.
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